terça-feira, novembro 11, 2014

TOMAS ANTÔNIO DE GONZAGA

Nasce em 1744, em Porto ele passou uma parte de sua vida no Brasil. Com vinte e quatro anos concluiu seu curso de direito em Coimbra. Algum tempo depois começou a ser conhecido por fazer uma tese com princípios iluministas que foi dedicado ao Marquês de Portugal.

Marília de Dirceu
Tomás Antônio Gonzaga
Esta é uma obra pré-romântica; o autor idealiza sua amada e supervaloriza o amor, mas é árcade em todas as outras características. É um monólogo de Dirceu em que Marília é um vocativo.
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Cartas Chilenas
Tomás Antônio Gonzaga

São 13 poemas satíricos com estrutura de carta (epístolas) escritos por Critrilo (pseudônimo do autor por muito tempo obscuro). Os desmandos, atos corruptos, nepotismo, abusos de poder, falta de conhecimento e tantos outros erros administrativos, jurídicos e morais são relatados em versos decassílabos do "Fanfarrão.

terça-feira, novembro 04, 2014

BOCAGE

Manuel Maria Barbosa du Bocage foi um poeta árcade precursor do Romantismo . Espírito aventureiro, boêmio, antimonarquista e anticatólico. O famoso poeta português do século XVIII (18), Manuel Maria de Barbosa I-Hedois Du Bocage nasceu em 15 de setembro de 1765 na cidade de Setúbal. Ele foi um poeta árcade no Romantismo, alguns historiadores acreditam que ele foi o maior representante do arcadismo em Portugal.Com oito anos de idade, o menino já demonstrava talento para a literatura e é nesse período que surgem suas primeiras composições.


Na poesia árcade, destaca-se Manuel Maria Barbosa du Bocage que viveu entre 1765 e 1805 e foi o poeta mais importante desse período.

Na poesia satírica, onde o poeta ficou mais conhecido, Bocage escreveu a famosa obra A Pena de Talião e na poesia lírica apresenta duas fases, sendo a primeira a arcádica; a segunda é a pré-romântica caracterizada por uma poesia emotiva.

Em 21 de dezembro de 1805, Bocage falece em Lisboa.

Márcio R. Silvestrin, 1º. Ano


BASÍLIO DA GAMA

Foi um poeta brasileiro, Estudava no Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro. Já noviço, continuou seus estudos em Roma, onde ingressou na Arcádia Romana, academia literária que reunia escritores que combatiam o estilo barroco. Seguiu para Portugal, ingressou na Universidade de Coimbra. Foi preso por ter amizade com jesuítas. Foi exilado na Angola, na África. Quando solto recebe carta de fidalguia e é nomeado Secretário do Reino. Escreve sua obra-prima "O Uraguai", considerada a melhor realização do gênero épico do Arcadismo brasileiro.

Nasceu no dia oito de abril, no arraial de São José do Rio das Mortes, hoje Tiradentes, Minas Gerais. Foi para o Rio de Janeiro, estudar no Colégio dos jesuítas. 
Em 1759, os padres da Companhia de Jesus foram expulsos do Brasil, obedecendo um decreto do Marques de Pombal. O Colégio dos Jesuítas foi fechado e Basílio da Gama foi para Roma continuar seus estudos. Ingressou na Academia Romana, academia literária que reunia escritores com a finalidade de combater o estilo barroco.
Em 1767 voltou para o Brasil e no ano seguinte foi para Portugal, onde ingressou na Universidade de Coimbra. Acusado de ter amizade com os jesuítas, foi preso e condenado ao exílio, em Angola, na África. Livrou-se do exílio ao escrever um poema em homenagem à filha do Marques do Pombal. Basílio passou a ser favorecido e o Marques lhe concede a carta de fidalguia e o nomeia Secretário do Reino.

Com a morte do rei português, em 1777, Pombal perdeu o cargo de Ministro e seus atos são anulados. Basílio o defende e permanece fiel a sua amizade. Com ajuda do Marques fez novos contatos com os árcades portugueses, o que lhe permitiu escrever seu poema épico "O Uruguai". Publicado em 1769, relata a guerra movida pelos portugueses e espanhóis contra os Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul.

PRInCIPAl OBRA DE BASíLIO DA GAMA

O uraguai:

Exórdio do Poema "O Uraguai"
Fumam ainda nas desertas praias
Lagos de sangue tépidos e impuros,
Em que ondeiam cadáveres despidos,
Pasto de corvos; dura inda nos vales
O rouco som da irada artilharia.
Musa! honremos o herói que o povo rude
Subjugou do Uruguai, e no seu sangue
Dos decretos reais levou a afronta.
Ai, tanto custas, ambição do império!
E vós, por quem o Maranhão pendura
Rotas cadeias e grilhões pesados,
Herói e irmão de heróis, saudosa e triste,
Se ao longe a vossa América vos lembra,
Protegei os meus versos. Possa, entanto,
Acostumar ao voo as novas asas,
Em que um dia vos leve. Desta sorte,
Medrosa, deixa o ninho â vez primeira
Águia, que depois foge à humilde terra
E vai ver de mais perto, no ar vazio,
O espaço azul, onde não chega o raio.

O uraguai
 O Uraguai é um poema épico escrito por Basílio da Gama em 1769, conta de forma romanceada a história da disputa entre jesuítas, índios (liderados por Sepé Tiaraju) e europeus (espanhóis e portugueses) nos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul. O poema épico trata da expedição mista de portugueses e espanhóis contra as missões jesuíticas do Rio Grande, para executar as cláusulas do Tratado de Madrid, em 1756. Tinha também o intuito de descrever o conflito entre ordenamento racional da Europa e o primitivismo do índio. Esse poema é também um marco na literatura brasileira representando uma quebra com o modelo clássico do poema épico. 

O Uraguai é composto por apenas cinco cantos (ao invés dos dez cantos de Os Lusíadas) e apresenta 1377 versos brancos (sem rima) e nenhuma estrofação. Outra característica que diferencia O Uraguai dos outros poemas épicos é o fato de narrar um episódio histórico muito recente.


Os cantos são :
CANTO I : No primeiro canto, há a apresentação do campo de batalha já coberto de cadáveres, principalmente de índios; há um retorno no tempo para mostrar o desfile das tropas luso-espanholas.
CANTO II : No segundo, há o encontro entre o chefe das tropas luso-espanholas e os dois caciques indígenas. O acordo se mostra impossível devido à influência dos jesuítas, e ocorre a batalha. Apesar da bravura dos índios, eles são derrotados pelas armas de fogo dos europeus, e um dos caciques morre. O outro comanda a retirada.
CANTO III : No terceiro, o cacique morto aparece em sonho ao outro e sugere o incêndio no acampamento inimigo, o que ele faz com sucesso. Na volta, entretanto, ele é assassinado a mando do jesuíta Balda, que queria que o filho do cacique assumisse a liderança da tribo.
CANTO IV : No quarto, as tropas luso-espanholas avançam sobre a aldeia, que se prepara para o casamento de Baldeta, o filho do cacique assassinado, com Lindóia. Ela, no entanto, prefere morrer a casar-se. Os índios batem em retirada, depois de atear fogo à aldeia.
CANTO V : No quinto, o poeta mostra suas opiniões. Culpa os jesuítas pelo massacre dos índios e louva o comandante militar português por proteger e respeitar os que sobreviveram.



http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Uraguai,http://maicongoncalves.xpg.uol.com.br/literatura/basiliodagama-ouraguai-resumo.htm. https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm.

Mateus Oliveira, 1º. Ano

CLÁUDIO MANUEL DA COSTA

Cláudio Manuel da Costa
O Arcadismo no Brasil teve início no ano de 1768, com a publicação do livro “Obras” de Cláudio Manuel da Costa.
Enquanto na Europa surgia o trabalho assalariado, o Brasil ainda vivia o tempo de escravidão. Há um processo de revoltas no Brasil, contudo, a mais eloquente durante o período árcade é a Inconfidência Mineira, movimento que teve envolvimentos dos escritores árcades, como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manuel da Costa, além do dentista prático Tiradentes.
Como a tendência é do eixo cultural seguir o econômico, os escritores árcades são, na maioria, mineiros e algumas de suas produções literárias são voltadas ao ambiente das cidades históricas mineiras, principalmente Vila Rica.
O Arcadismo tem como características: a busca por uma vida simples, pastoril, a valorização da natureza e do viver o presente (pensamentos causados por inspiração a frases de Horácio “fugere urbem” – fugir da cidade e “carpe diem”- aproveite o dia).

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Cláudio Manuel da Costa nasceu em Minas Gerais, na circunvizinhança da cidade de Mariana, em junho de 1729. Teve seus primeiros estudos com os jesuítas, logo depois, estudou humanidades no Rio de Janeiro e Direito na Universidade de Coimbra. Por volta de 1749, teve contato com as ideias iluministas e também com o arcadismo.

Quando retornou ao Brasil, participou da Inconfidência Mineira ao lado de Tiradentes.
O autor tinha um pseudônimo árcade: Glauceste Satúrnio, o qual era um pastor que se inspirava em sua musa Nise. Contudo, suas poesias ainda apresentavam indícios do Quinhentismo e do Barroco.
Em 1773, escreveu seu poema mais eloquente “Vila Rica”, o qual foi publicado somente após sua morte. Nesse poema há exaltação dos feitos dos bandeirantes, fundadores de diversas cidades da região mineira, além de narrar a história da atual Ouro Preto.

O poeta gerou forte influência nas obras dos autores árcades Tomás Antônio Gonzaga e Inácio da Silva Alvarenga, considerado como precursor do Arcadismo brasileiro.

Cláudio Manuel produziu poemas com temática pastoril, com estrutura perfeita de soneto, além de trazer reflexões sobre a vida, sobre a moral e sobre o amor.
Foi preso em 1789, acusado de participar da Inconfidência Mineira, logo após, foi encontrado morto na cela. Alguns acreditam que foi suicídio, outros que foi assassinato.


As principais obras do poeta são: Obras poéticas (1768) e Vila Rica (1837).
POEMA BUCÓLICO
Sonetos
X
Eu ponho esta sanfona, tu, Palemo, 
Porás a ovelha branca, e o cajado; 
E ambos ao som da flauta magoado 
Podemos competir de extremo a extremo.
Principia, pastor; que eu te não temo; 
Inda que sejas tão avantajado 
No cântico amebeu: para louvado 
Escolhamos embora o velho Alcemo.
Que esperas? Toma a flauta, principia; 
Eu quero acompanhar te; os horizontes 
Já se enchem de prazer, e de alegria:
Parece, que estes prados, e estas fontes 
Já sabem, que é o assunto da porfia 
Nise, a melhor pastora destes montes

ÉPICO

Vila Rica
Canto VI


Levados de fervor, que o peito encerra 
Vês os Paulistas, animosa gente, 
Que ao Rei procuram do metal luzente 
Co'as próprias mãos enriquecer o erário. 
Arzão é este, é Este, o temerário, 
Que da Casca os sertões tentou primeiro: 
Vê qual despreza o nobre aventureiro, 
Os laços e as traições, que lhe prepara 
Do cruento gentio a fome avara..

ARCADISMO NO BRASIL - CONTEXTO E CARACTERÍSTICAS

CARACTERÍSTICAS
Marco inicial:
Publicação das "Obras Poéticas", de Cláudio Manuel da Costa e fundação da Arcádia Ultramarina, movimento poético-literário que dá início ao Arcadismo, em 1768.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Houve dois momentos do Arcadismo no Brasil
 (A) poético: com o retorno à tradição clássica com a utilização dos seus modelos e a valorização da natureza e da mitologia.
 (b) ideológico: influenciado pela filosofia presente no Iluminismo, que traduz a crítica da burguesia culta aos abusos da nobreza e do clero.
 ·         Bucolismoa poesia árcade retrata uma natureza tranquila e serena, procurando o “Lócus Amoenus”, um refúgio calmo que se contrastava com os centros urbanos monárquicos. O burguês culto buscava na natureza o oposto da aristocracia.
 Aurea Mediocritasos poetas, autointitulados pastores, exaltavam a vida simples, equilibrada, espontânea e humildade. Para ser feliz, bastava estar em comunhão com a natureza.
 Pseudônimos pastoris: o fingimento poético (simulação de sentimentos fictícios) é marcado pela utilização dos pseudônimos pastoris. Como pastores, os poetas em sua maioria burgueses  viviam nos centros urbanos, realizavam o ideal da mediocridade dourada (áurea mediocritas).
 Carpe diemsignifica aproveitar o dia, viver o momento com grande intensidade. Foi a atitude assumida pelos poetas-pastores, que acreditavam que o tempo não parava e, por isso, deveria ser vivido plenamente em todos os sentidos.
 Fugere Urbemos árcades buscavam uma vida simples, próxima da natureza, longe das confusões urbanas. A modernização das cidades trazia os problemas dos conglomerados urbanos. A alternativa era mudar-se para os prados e campos.
 Inutilia Truncat/Objetivismo: as inutilidades eram cortadas. A linguagem era depurada, sem exageros ou o rebuscamento da poesia barroca. Os poetas árcades eram contidos em sua expressão poética.
Universalismoos árcades não compactuam com o individualismo. Tratam dos temas de maneira geral ou universal.

       Contexto histórico:

O Arcadismo no Brasil desenvolveu-se concomitantemente ao chamado ciclo do ouro, em Minas Gerais e teve em Vila Rica (atual Ouro Preto) seu principal centro de difusão. Alguns de seus integrantes estiveram ligados à Inconfidência Mineira, principal evento político do século 18 no Brasil.
Escritores árcades Brasil :
·         Frei José de Santa Rita Durão
·         Cláudio Manuel da Costa
·         Basílio da Gama
·         Tomás Antônio Gonzaga
·         José de Alvarenga Peixoto


Marco final:

Publicação do livro de poemas Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1836.
RESUMINDO...
Arcadismo procurava restabelecer o equilíbrio, a harmonia e a simplicidade da literatura renascentista, rompida pelo período da contrarreforma protestante. Com a proposta de eliminar os rebuscamentos e os ornamentos exagerados da estética barroca, o poeta árcade baseia-se nos preceitos do Iluminismo (movimento filosófico de bases racionalistas e antirreligiosas).

http://www.brasilescola.com/literatura/arcadismo-brasil.htm
Alfredo Bosi, livro História Concisa da Literatura Brasileira (São Paulo: editora Cultrix, 2006).
http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/
Gabriel Cavalheiro Borges, 1º. Ano

250 EXERCÍCIOS ANÁLISE SINTÁTICA

1. (UF-MG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em: a) Quem sabe de que será capaz a mulher de...