terça-feira, abril 09, 2013

ÁLVARES DE AZEVEDO


Álvares de Azevedo

O romântico mal-do-século

“Cuidado, leitor, ao voltar esta página! Aqui dissipa-se o mundo visionário e platônico. Vamos entrar num mundo novo, terra fantástica” (Lira dos Vinte Anos)

Como começar a dizer coisas sobre Álvares de Azevedo, esse misterioso poetista? Que ele era um romântico em nossa Literatura? Sim, claro, um romântico. Mais não um romântico qualquer. Nada menos do que um ultrarromântico, escrevendo entre o indianismo de Gonçalves Dias e os versos políticos inflamados de Castro Alves.
Alvares de Azevedo utiliza de três elementos para produzir seus textos, são ironia, amor e morte. E pelos quais contem a monodia, que é o mesmo que dizer que se da um conto uníssono (que tem um som só).
As mulheres povoam o ambiente alvaresiano como numa obsessão adolescente. Aparece como virgem adormecida, pálida, inocente, inatingível, objeto, ao mesmo tempo em que aparece como prostituta da pior estipe.
A temática da morte, tão cara aos românticos, também foi uma característica forte na literatura de Alvares de Azevedo. Destaca-se “Se Eu Morresse Amanhã” e “Lembrança de Morrer”. Ele utiliza de expressões como pálido, palor, palidez, macilento para transmitir este aspecto doentio.
A queda trágica de cavalo nos inicios de 1852 ocasiona um tumor na fosse ilíaca e repentinamente, no dia 25 de Abril de 1852, Manuel Antônio Álvares de Azevedo morre com 21 anos, sem ter nenhuma obra publicada e nem ter concluído o seu curso de Direito.
Apesar de não ter sido conhecido em vida como o autor que nós conhecemos Maneco, era destacado por seus discursos e cartas. Em 1953, é publicada Lira dos Vinte Anos, com prefácios escritos pelo autor.
É também importante destacar que Alvares de Azevedo construiu uma identidade literária, a exploração que se utiliza nos temas é a angústia amorosa, em que por vezes se nota que ele as ridiculariza. É uma obra literária que contem três partes, a lira dos vinte anos revela as diferentes faces de Alves de Azevedo. Destacou-se também pela prosa Noite na Taverna e pelo seu discurso na sessão de instalação da Sociedade Acadêmica Ensaio Filosófico.

Os textos mais importantes são:
Poesia
Prosa
Lira dos Vinte Anos
Noite na Taverna
Poesias Diversas
Macário
O Poema do Frade
Discursos
O Conde Lopo
Cartas

Este autor rompeu com o estereotipo ultra-romântico, desenvolvendo uma gostosa veia irônica e sarcástica, anunciado o que seria uma constante no modernismo.

Fontes:
Português: contexto, interlocução e sentido. Abaurre, Maria Luiza M.; Abaurre, Maria Bernadete M.; Pontara, Marcela.

Português: Língua, Literatura e Produção de textos. Nicola; Floriana, Ernani.
Literatura Comentada: Álvares de Azevedo. Heller, Bárbara; Brito, Luís Percival Leme de; Lajolo, Marisa.

Seminário São Francisco de Assis
Alunos: Arthur E. Holdefer e Vinícius M. Fabreau - 2º. Ano
Disciplina: Literatura
Professor: Ricardo Luís Mees

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