terça-feira, junho 28, 2011

ATIVIDADE VERBOS

PARTE I – REVISÃO DE PRETÉRITOS

Você vai ler um comovente depoimento de uma menina de rua. Observe a fala simples da garota, em português coloquial.

MENINOS DE RUA
Eu até acho que nasci na rua. Quando era bebê minha mãe pedia esmola comigo no colo e eu fiquei com ela até uns cinco anos. Daí fui com meu irmão para a praça João Mendes e a gente ficava por lá, pela Catedral e rua Direita. Quando eu fui ficando maior, meu irmão começou a me encher e querer mandar em mim. Eu conheci um carinha que ficava na av. São João, lá onde tem aquelas farmácias que ficam abertas a noite toda. A gente ficou por lá um bom tempo e era muito legal. Até que uns garotos mataram o cara da farmácia. Você viu? Você lembra? Saiu até no jornal. Foi uma loucura. Todo mundo se mandou. A polícia caiu matando. Achavam que eram gente nossa, mas não era não. Mas a gente não podia voltar. Então fomos para a praça Roosevelt, mas deu azar porque assaltaram uma joalheria ali e logo acharam que a gente tava no meio. Um garoto “marcou bobeira” e caiu na mão da polícia. Aí a gente deu sumiço, depois andou um pouco lá perto do Hilton e agora estamos por aqui.
(Depoimento de C., 14 anos, menor que vive nas ruas de São Paulo. In: FERREIRA, Rosa Maria Fischer. Meninos de rua. São Paulo, Comissão de Justiça e Paz/CEDEC/Ibrex. P. 105.)

Questões
1. Retire do texto uma frase com um verbo que indique um fato anterior ao momento em que se fala.
2. O que ocorria com C. quando bebê?
3. Retire do texto verbos no tempo presente.
4. Por que, no texto, há apenas poucos verbos no presente e a maioria no passado?
5. Retire do texto frases cujos verbos indiquem ações habituais ocorridas no passado, isto é, que estejam no pretérito imperfeito.
6. Agora retire do texto frases cujos verbos indiquem ação perfeitamente realizada e concluída no passado, isto é, que estejam no pretérito perfeito.

PRÉ É COMO SER O IRMÃO DO MEIO

Eles têm entre 10 e 11 anos. Os garotos não brincam mais de carrinhos e as garotas deixam a roda-roda e preferem o pega-pega. São os pré-adolescentes. “É como ser o irmão do meio. Não é o mais velho, o adolescente, nem o caçula, a criancinha”, diz Daniel, 11 anos.

É nessa fase que o corpo e a cabeça começam a mudar. “O pré é mais rebelde, não agüenta muito blablablá. Sempre dá o troco com a turma da mesma idade e altura”, diz Adriano, 10. Essa turma tem uniforme: camiseta larga, bermuda, tênis ou sapato esporte. Alguns ousam mais e rasgam roupas.
O pré está desenvolvendo o corpo e a cabeça. Às vezes, fica confuso e faz segredo das mudanças. A criança passa a observar mais o seu corpo, acha-se desajeitada e é crítica também com os outros. Ela começa a Ter vergonha de um corpo que está ficando diferente. Quer participar do mundo adulto, mas tem medo de perder as brincadeiras boas de criança.
(BENOZATTI, Bell. Folha de S. Paulo, 13 de mar. 1993. Folhinha. Adaptado.)


Veja como ficaria o primeiro parágrafo, com os verbos no pretérito imperfeito:

Eles tinham entre 10 e 11 anos. Os garotos não brincavam mais de carrinhos e as garotas deixavam a roda-roda e preferiam o pega-pega. Eram os pré-adolescentes. “Era como ser o irmão do meio. Não era o mais velho, o adolescente, nem o caçula, a criancinha”, dizia Daniel, 11 anos.

7. Reescreva o segundo parágrafo, passando os verbos para o pretérito imperfeito. Se tiver dificuldades para conjugar um verbo e outro, consulte as tabelas do seu livro ou de sua gramática.
8. Explique agora, qual a idéia de tempo que este trecho passou a transmitir.
9. Agora reescreva o terceiro parágrafo, passando os verbos para a primeira pessoa do singular do pretérito imperfeito. Assim, você estará demonstrando as ações que (supostamente) aconteciam normalmente no passado.
10. Complete as lacunas com o verbo indicado entre parênteses no pretérito mais-que-perfeito. Esse tempo é usado para indicar um fato passado que aconteceu antes de um outro também passado. Por exemplo: Eles me olhavam como se eu fora um monstro pré-histórico.

a) A mãe de C. já ________________________ quando o dia amanheceu. (acordar)
b) Esperei em vão: não ______________________ a confiança das meninas de rua.
(conquistar)
c) Antes de lançar o disco, ela _______________________ muitas apresentações. fazer)

Observe atentamente:

Quando cheguei, ela já chorara muito. (mais-que-perfeito)
Quando cheguei, ela já tinha (havia) chorado muito. (mais-que-perfeito composto)
Ela me olhou como nunca me olhara antes. (mais-que-perfeito)
Ela me olhou como nunca tinha (havia) me olhado antes. (mais-que-perfeito composto)

11. Passe os verbos para o pretérito mais-que-perfeito composto:
a) A mãe de C. já acordara quando o dia amanheceu.
b) Esperei em vão: ela não me conquistara.
c) Antes de sair de casa, ela fechara as janelas.


PARTE II – REVISÃO DE FUTURO

A SELEÇÃO NATURAL
Um passo importantíssimo para o conhecimento do processo evolutivo foi dado pelo naturalista inglês Charles Darwin, que viveu no século XIX.
Darwin afirmava que quando ocorrem modificações no ambiente, alguns indivíduos são capazes de se adaptar às novas condições porque já apresentam algumas modificações. Por acaso, alguns nascem com certas diferenças em relação a seus pais. Algumas dessas alterações podem facilitar a vida no novo ambiente, ou seja, tornam os indivíduos mais adaptados. Esses indivíduos terão mais oportunidade que os outros de sobreviver e, portanto, de deixar mais descendentes. Os menos  adaptados acabam desaparecendo. Com o tempo, ficarão apenas os indivíduos com as características mais adaptadas ao ambiente. Foi assim que surgiu o conceito
de seleção natural.
Para entender bem esse processo, vamos imaginar a seguinte situação: Numa determinada região, existem plantas com folhas dos mais diversos tamanhos.
Suponhamos que essa região passe por um longo período de seca. As plantas com folhas mais largas transpiram bastante, perdendo muita água. Por isso murcham facilmente e muitas delas morrem sem deixar sementes. As plantas com folhas estreitas, contudo, perdem menos água, resistindo por mais tempo ao período de seca. Assim, têm maior oportunidade para se reproduzir. O que poderá acontecer? Provavelmente, depois de certo tempo, só restarão no lugar as plantas de folhas estreitas. O que se sabe com certeza é que alguns seres nascem com alterações no seu organismo que podem passar para seus filhos. Essas alterações chamam-se mutações. Foram mutações que permitiram que alguns peixes desenvolvessem respiração pulmonar e pudessem viver tanto na água como na terra. Foram também mutações que transformaram alguns desses seres em animais exclusivamente terrestres e que permitiram que as folhas estreitas resistissem ao período de seca.

(CRUZ, Daniel. Os seres vivos. São Paulo, Ática, 1995. P. 295.)

1. Escreva verbos do texto que expressem fatos que ainda não haviam ocorrido no instante em que o autor narrava.
2. Escreva uma frase sobre a evolução das espécies, usando o verbo ser no futuro do presente.
3. Se você fosse um profeta do século X, certamente saberia que Darwin iria nascer no século XIX. Reescreva, então, o primeiro parágrafo do texto de Daniel Cruz, usando verbos no futuro do presente.
4. Proceda do mesmo modo com o quarto parágrafo, fazendo as adaptações necessárias.
5. Para este exercício, vamos usar o quarto parágrafo do texto “A seleção natural”. Preste atenção à mudança dos tempos verbais. Iniciaremos e você continuará:
Numa determinada região, existiriam plantas com folhas dos mais diversos tamanhos.
Suponhamos que essa região passasse por um longo período de secas. As plantas com folhas mais largas _____________________________ bastante e
_______________________ muita água. Por isso _____________________________
facilmente e muitas delas ____________________________ sem deixar sementes. As
plantas com folhas estreitas, contudo, __________________________ menos água,
resistindo por mais tempo ao período de seca. Assim, _________________________ maior oportunidade para se reproduzir.

6. Leia as seguintes frases:
a) Ontem você afirmou que me deixaria criar uma paisagem marítima.
b) Compraríamos o computador se tivéssemos dinheiro na hora.
c) Ele teria seus 30 anos quando se casou.
d) Você me emprestaria a caneta?

Relacione-as com o sentido expresso pelos verbos nelas empregados, preenchendo os parênteses com as letras a, b, c ou d.
( ) Indica educação, polidez; faz um pedido ou um convite.
( ) Indica um fato a ocorrer depois de outro passado.
( ) Indica uma possibilidade, uma hipótese, uma suposição sobre um fato passado.
( ) Indica um fato possível, mas não realizado.

7. Crie uma frase, em que o futuro do pretérito indique um fato possível, mas não realizado no passado.
8. Assinale a única alternativa em que o futuro do pretérito indica cortesia, polidez, educação:
a) Estaria o senhor Pedro muito contente quando chegou?
b) Naquele dia, teríamos na poupança pouco mais de duzentos reais.
c) Eles juraram que nos apoiariam na eleição.
d) Você se incomodaria de me ceder o lugar, meu filho?

8ª. SÉRIE - AUTOBIOGRAFIA

Leiam:


AUTOBIOGRAFIA

Flávia Chusyd, 16 anos, aluna do segundo ano do Colégio Bialik, de São Paulo

Minha família é descendente de poloneses e é formada por minha mãe, meu pai, meu irmão e eu. Vivemos juntos e sempre um ajuda o outro nas horas difíceis.
Na minha infância, me lembro que adorava brincar de sonhos, fingir ser quem eu não era, como por exemplo, ser uma sereia, uma princesa. Sempre meus pais e irmão faziam parte desses sonhos; acho que por eles serem tão especiais para mim, sempre havia um cantinho para eles nos meus sonhos.
Me lembro que no meu primeiro dia de aula minha mãe me trouxe para a escola, mas não sei direito o porquê eu comecei a chorar e não queria continuar lá de jeito nenhum. Também é difícil você largar aquela rotina de comer, ver tv e brincar o dia inteiro para ter que ficar horas estudando, mas depois a gente se acostuma.
Para mim, sempre, os adultos que eu mais admirei e admiro são minha mãe e meu pai. Acho que porque sempre vi como eles são felizes e se dão bem; são pessoas legais, que sempre pensam no bem do outro, e acho que no fundo eu queria mesmo era ser igual a eles.
No início da minha adolescência, o aspecto mais importante para mim foi a morte do meu pai; foi uma dor imensa, que achei que com o tempo ia parar, mas me enganei, quanto mais o tempo passa mais a dor aumenta.
Também porque com este acontecimento eu pude ver quem era o meu amigo de verdade; quem eu podia contar no momento mais difícil da minha vida.
Outros aspectos que marcaram minha adolescência foi minha primeira menstruação, meu primeiro beijo, bat-mitzvá, que além de terem sido superimportantes para mim foi difícil passar por eles sem ter meu pai confiar e contar, me dar conselhos e essas coisas que toda menina precisa nessas horas.
Quando eu fico sozinha eu tento me ocupar escrevendo cartas ou bilhetes, fico pensando na vida e sonhando quando eu era pequena, vejo TV e ouço rádio para me distrair, ligo para meu amigo, para me sentir querida, enfim, faço um pouco de tudo.
Hoje em dia eu me considero uma pessoa feliz, romântica e um pouco bagunceira.
Eu também não consigo me interessar por alguma coisa, que acho que eu vivo em um “mundinho” meio diferente do das outras pessoas e habilidades, eu acho que eu sei bem escrever cartas, expressar meus sentimentos, essas coisas.
********************************************************************
Você agora deve escrever sua AUTOBIOGRAFIA, seguindo as orientações abaixo.

Escrever uma autobiografia é uma estratégia de auto conhecimento. Não é uma tarefa fácil, uma vez que não temos o hábito de escrever sobre nós mesmos. No entanto, esse desafio servirá para evidenciar fatos importantes do percurso de vida de cada um, possibilitando relacioná-los com o momento atual. Use o modelo a seguir com seus alunos, para incentivá-los a produzir suas autobiografias. Dê um bom prazo (um mês, por exemplo) para que produzam seus textos.
Então, vamos lá:
· Conte um pouco da história da sua família;
· As suas lembranças da infância, as brincadeiras preferidas;
· Os primeiros dias na escola;
· As pessoas e os fatos que mais marcaram o seu percurso escolar;
· Quais foram/são os adultos mais admirados, como eles eram/são;
· Quais os aspectos mais marcantes do início de sua adolescência;
· Como você se ocupa quando está sozinho(a);
· O que você gosta de fazer no seu tempo livre;
· Como você se descreveria hoje;
· Quais são as suas principais características, interesses e habilidades;
· Quais são os seus “pontos fortes” e os “pontos fracos”;
· Como você vê o mundo:

Além das sugestões acima, sinta-se a vontade para relatar tudo o que você quiser ou considerar importante.

terça-feira, junho 21, 2011

1ª. FASE MODERNISMO


                                         A Primeira Fase do Modernismo.

A semana da Arte Moderna é considerada o marco inicial do Modernismo brasileiro.

Após a semana de Arte Moderna, o Modernismo passa a viver sua “fase heróica”, isto é, a fase de divulgação das idéias modernistas em todo o país e de aprofundamento das questões estéticas lançadas pela semana. Essa fase foi marcada essencialmente por duas tendências: destruição e construção. Integrado pelas pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti e pelos escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia, o grupo liderou o movimento que contou com a participação de dezenas de intelectuais e artistas, como Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, entre muitos outros.
A primeira fase caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas.
Na Semana de Arte Moderna foram apresentados quadros, obras literárias e recitais inspirados em técnicas da vanguarda européia, como o dadaísmo, o futurismo, o expressionismo e o surrealismo, misturados a temas brasileiros.
Os participantes da Semana de 1922 causaram enorme polêmica na época. Sua influência sobre as artes atravessou todo o século XX e pode ser entendida até hoje. O grupo que liderava o movimento eram defensores de uma visão nacionalista, porém crítica, da realidade brasileira.
Os movimentos Pau-Brasil, Verde-Amarelíssimo, Antropofagia e a Anta, representavam duas tendências ideológicas distintas, duas formas diferentes de expressar o nacionalismo.
Defendiam a criação de uma poesia primitivista,  propuseram a devoração simbólica da cultura do colonizador europeu, sem com isso perder nossa identidade cultural, em oposição a essas tendências, os movimentos Verde-Amarelismo e Anta, defendiam um nacionalismo ufanista, com evidente inclinação para o nazifascismo.


ALUNOS: ANA, ALINE, DAIANE E MAICON

SÉRIE: 3º. II

quinta-feira, junho 16, 2011

RETORNO ÀS AULAS

24 de maio. O início da greve aqui em Atalanta. Fato mais do que histórico jamais vivenciado por qualquer cidadão desta cidade. Hoje, 16 de junho, quase 1 mês após o início desta dura batalha, cá estou, para informar que amanhã, DIA 17 DE JUNHO - SEXTA-FEIRA, retornos às atividades normais na EEB. Dr. Frederico Rolla.
Sinceramente falando, não foi nada fácil. Caminhadas, passeatas, movimentos, atos públicos. Dezenas de conversas e discussões com os demais colegas da classe que, não mediram esforços na luta para UMA REAL VALORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO. 

Quero agradecer...

Aos que pararam, meu muito obrigado. Obrigado pois aprendi muitas coisas. Aprendi a dar mais valor à minha profissão; obrigado pois aprendi muito, aprendi que cidadania se faz na vivência e na luta do cotidiano.
Aos que não pararam (os de nossa escola), meu respeito pelos "n"motivos apresentados e pelo apoio dado, pela maioria e na maioria das vezes.
Aos alunos que estiveram ao nosso lado, não preocupados em não ter aula, mas sim, na causa mais nobre: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, onde os primeiros beneficiados, são os próprios alunos. 
Aos pais, que mesmo com muita dificuldade, nos apoiaram e deram força.
Agradeço também aos que não apoiaram a greve. Opinião deve ser respeitada.

O que eu ganhei? Aumento de salário? Melhores condições? Não sei... quero apenas dizer que o que eu ganhei, não tem valor financeiro que cubra, pois a dignidade de honrar aquilo que se faz e porque se gosta de fazer, jamais dinheiro algum comprará! Hoje tenho orgulho de dizer que participei de tal mobilização e poderei, com muita propriedade, cobrar e falar em cidadania a meus alunos, pois eu lutei pelos meus direitos!
OBRIGADO!

"Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!"
Rui Barbosa

250 EXERCÍCIOS ANÁLISE SINTÁTICA

1. (UF-MG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito, exceto em: a) Quem sabe de que será capaz a mulher de...